sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Linho

O linho ocupou em 1986, o quarto lugar no consumo mundial de materiais têxteis, sendo os três primeiros: a lã, o algodão e a juta.

Hoje, quase em desaparecimento, o linho foi muito vulgar em Portugal, tendo sido plantado e trabalhado em quase todo o país, sobretudo em regiões como o Minho, Trás-os-Montes, Beira Interior, Alentejo e Ilha da Madeira.

De uma maneira geral pode dizer-se que a planta dá-se bem em quase todos os climas. No entanto prefere os terrenos silico-argilosos, de solo profundo, de consistência média, fresco e permeável à água.

Segundo a tradição, “deve-se semear o linho na primeira Sexta-feira de Março, para ele ser fervaço (ser grande e forte), dispensando também desta forma a sua rega.

Em Maio, é possível visualizar as flores azuis ou brancas que surgem com fragilidade na paisagem tipicamente rural de algumas freguesias do concelho da Calheta e em especial na Ponta do Pargo.

Nesta freguesia e através da Casa do Povo local, em finais da década de noventa (1997-2000) recuperou-se esta tradição, promovendo-se o cultivo da planta.

Actualmente o Grupo de Folclore da Calheta, com sede na freguesia da Fajã da Ovelha – Lombada dos Marinheiros, cultiva cerca de 500 metros quadrados, encontrando-se actualmente a desenvolver todo o processo de tratamento da planta, mantendo viva esta tradição e fortalecendo  as raízes etnográficas no Concelho da Calheta.




Linen

In 1986, the linen occupied the fourth place in world consumption of textile materials, being the first three: wool, cotton and jute.
Today, almost in extinction, the use of linen used to be very common in Portugal, having been cultivated in almost every part of the country, especially in regions like Minho, Trás-os-Montes, Beira Interior, Alentejo and Madeira Island.
In general one can say that the plant gets along well in almost every kinds of climate. However it adapts better to land with clay minerals and to deep, fresh and waterproofing kinds of soil.
According to the tradition, "one should plant flax in the first Friday of March, so it will become big and strong, avoiding in this way the need of watering.

In May, it is possible to see the blue or white flowers that arise with a touch of fragility in the typical rural landscape of some parishes of Calheta, especially in Ponta do Pargo. In this parish, in the late nineties (1997-2000), the local "Casa do Povo" (community house), recovered this tradition, promoting the cultivation of the plant.
 
Today, the Folklore Group of Calheta, created in the parish of Fajã da Ovelha - Lombo dos Marinheiros, cultivates about 500 square meters, and is currently developing the whole process of the plant treatment, keeping this tradition alive and strengthening the
ethnographic roots in the municipality of Calheta. 




Leinen

Im weltweiten Vergleich der am meisten verwendeten Textilmaterialien nahm Leinen im Jahre 1986 noch die vierte Stelle nach folgenden drei ein: Wolle, Baumwolle und Jute.

Obwohl Leinen heute hierzulande beinahe verschwunden ist, war es in Portugal sehr gebräuchlich und wurde praktisch im ganzen Land angesät und bearbeitet, besonders jedoch in den Regionen Minho, Trás-os-Montes, Beira Interior, Alentejo und auf der Insel Madeira.

Generell kann man feststellen, dass die Pflanze in fast allen Klimazonen gut gedeiht. Sie bevorzugt jedoch tiefe Sand-Lehm-Böden mit mittlerer Konsistenz, kühl gelegen und gut wasserdurchlässig.

Der Tradition folgend "soll man Leinsamen am 1. Freitag im März aussäen, damit er groß und stark wird, um auf diese Weise an Bewässerung zu vermeiden."

Im Mai sieht man die dementsprechend ländlichen Gebiete im Raum um Calheta mit zarten blauen und weißen Blüten übersät, besonders jedoch in Ponta do Pargo.

In dieser Gemeinde und mit Hilfe der örtlichen "Casa do Povo" (= Volkshaus) wurde Ende der 90-er Jahre die Tradition zur Kultivierung dieser Pflanze wieder aufgenommen.

Derzeit kultiviert die Folklore-Gruppe von Calheta mit Sitz in der Gemeinde Fajã da Ovelha – Lombada dos Marinheiros eine Fläche von ca. 500m2 und entwickelt gleichzeitig den ganzen Prozess der Behandlung und Bearbeitung dieser Pflanze fort. Auf diese Weise werden Tradition am Leben erhalten und die ethnografischen Wurzeln in ihrer Gemeinde Calheta gestärkt.




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